Boa tarde a todos.
O que me motiva a escrever este tópico hoje é o contato que eu tive com algumas pessoas recentemente.
Comecei as aulas com dois alunos estes últimos meses que exercem função de chefia nas empresas onde trabalham e, graças a Deus, me surpreendi positivamente.
Infelizmente, na maioria das vezes em que recebi a proposta de aulas de alguém que exercesse a função de chefia ou direção em uma empresa, tive azar de conhecer pessoas que não aceitavam muito a condição de alunos, ou seja, não gostavam de não estar em uma posição de comando e se mostravam irritados por ter de passar pela "humilhação" de estar na posição de aluno, aprendendo coisas básicas.
E isso remete a outro assunto: a não ser que o aluno demonstre extrema fluência e enorme conhecimento de gramática e vocabulário ele tem, sim, que passar por pelo menos algumas aulas de revisão gramatical e, na maioria das vezes, passar por livros didáticos inteiros que tratem da parte básica ou intermediária da matéria, além ,claro, da parte avançada.
É aquele problema: "Professor, eu sei um pouco de Inglês, não quero saber de gramática nem "materiais de adolescentes" (como algumas pessoas se referem a livros didáticos) e quero falar logo e tratar da minha área de forma mais específica, tendo aulas de (nunca usando a expressão "estudar" ) Business English."
Resposta: Na grande maioria das vezes simplesmente NÃO DÁ ! A gramática e o vocabulário de livro didático são a base fundamental do aprendizado e sem eles não se avança para as etapas seguintes: conversação e Business English.
Como eu disse no começo do texto, estou muito feliz por estar lidando atualmente com dois grandes seres humanos, profissionais que já ocupam altos cargos em seus trabalhos e tiveram a humildade de reconhecer que suas habilidades de Inglês estão fracas e defasadas e estão estudando um material didático inteiro, começando do Básico.
Falei de classes sociais. Estas pessoas relatadas acima estão, aqui na zona sul e centro do RJ, nas classes A e B. Este problema também ocorre, mas com muito menos frequência, na classe C, que é a minha preferida em termos de contato com os alunos. São pessoas que se esforçam mais, se dedicam mais e geralmente aprendem mais.
Outro problema ocorre quando me aparece um aluno do equivalente às classes D e E. É claro que há exceções e na minha vida sempre presto atenção para, nunca, em nenhum aspecto, ser tomado pela praga do preconceito. Todos sabem que preconceito é aquele Pré Conceito negativo estabelecido antes que determinado fato se apresente.
Mas, infelizmente, apesar de já ter dado aulas em favela e para profissionais (adultos) de baixa escolaridade e ter desenvolvido uma relação sólida de muito carinho, admiração e respeito com eles aprendi que invariavelmente um determinado pedido de aula dá errado. É este:
"Bom dia, o senhor é professor de INGRÊS ? Eu queria fazer UMAS AULA com a minha esposa porque NÓS VAI precisar no trabalho."
Simplesmente não dá. Já aceitei inúmeros alunos assim nos meus primeiros anos de profissão e NENHUM conseguiu aprender. NENHUM conseguiu ficar mais de dois meses por não ter hábito de estudo e não saber coisas básicas da Língua Portuguesa que são mostradas também em Inglês como o conceito e a aplicação nas frases, por exemplo, de verbo, substantivo, sujeito e predicado.
Apesar de tentar ensinar com paciência e muito carinho, a própria pessoa acaba desistindo pela vergonha que sente de não assimilar nada nunca, não ter a lógica típica da resolução de exercícios pela falta (há muito tempo) de estudo.
Bom, este foi mais um tópico em que relato algumas experiências profissionais que imagino sejam úteis para outras pessoas que possam vir a ler estas páginas.
Um grande abraço e boa semana a todos.
Pequenas desgraças do dia a dia - 3:
Há 13 anos
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