Boa tarde a todos.
Resolvi novamente interromper a aposentadoria do Blog para inserir uma mensagem muito importante. Relacionada ao aprendizado de Inglês, claro. Nela falo algo que sempre quis falar mas nunca tive coragem, com medo de perder os leitores do Blog. Mas como atualmente, como já expliquei na mensagem anterior "Fim do Blog" não estou preocupado mais com acessos, estatísticas e reconhecimento do meu trabalho, sendo financiado ou não, por ter perdido as esperanças de ter sucesso, resolvi que esta seria a hora de colocar para fora uma ideia que eu sempre quis passar.
O incentivo final veio ao ler um e-mail de uma leitora com dúvidas insistentes em assuntos básicos.
Lá vai:
Oi Xyxzxyz.
Vou te falar uma coisa que talvez assuste mas eu tento sempre ajudar as pessoas não só a aprender Inglês mas de muitas outras formas também.
Meu objetivo inicial ao ter contato com qualquer pessoa, pessoal ou virtualmente, como é o nosso caso, é fazer o possível para que esta pessoa fale Inglês fluentemente, possa se sentir confiante para se expressar com segurança em viagens, reuniões etc.
Isso é o que qualquer bom professor faz. O que você raramente vai ouvir de alguém, se for o caso, claro, é o que eu vou te dizer abaixo.
Acontece, aí é que vem a parte delicada e pode ser este o seu caso, que há determinadas pessoas que simplesmente não conseguem assimilar o aprendizado de uma língua estrangeira.
A pessoa é inteligente, determinada, esforçada, estudiosa, não falta às aulas, não se atrasa, faz perguntas pertinentes, anota tudo, mas simplesmente não leva jeito para aquilo.
Isso aconteceu comigo na Faculdade de Direito. Sempre fui um bom aluno na escola e passei em 37º lugar num vestibular difícil de uma das faculdades mais procuradas do RJ.
Fui muito bem no primeiro ano, com matérias como Contabilidade, Economia e Português, ou seja, nada ligado ainda ao Direito.
Mas quando comecei a ver as matérias de Direito mesmo: Civil, Penal, Tributário e Constitucional, foi uma tragédia que estava acabando com todos os aspectos da minha vida. Eu continuava o mesmo aluno sério e estudioso mas percebi que tentar assimilar o conteúdo dos artigos dos Códigos era o mesmo que me deparar com textos em russo, chinês ou japonês. Com recuperações, dependências e com minha namorada me dando muita ajuda para as provas consegui chegar ao quarto ano, o penúltimo e, simplesmente, empaquei ! Repeti duas vezes o quarto ano e, no meu sexto ano de Faculdade, ainda no quarto ano, parei. Percebi que nunca iria aprender, por mais diferentes, pacientes e bondosos fossem os professores. O problema era eu, uma pessoa com várias virtudes de bom aluno mas que, por algum motivo, não tinha como aprender as matérias ligadas a Direito. Não tinha a capacidade de interpretação e visualização do que lia nos códigos e livros de doutrina.
Como te falei: pode ser este o seu caso e, se for, por favor não se sinta ofendida pois meu intuito ao me arriscar te passar esta mensagem é te proteger de um dia passar por isso que eu passei.
Acontece com MUITA gente. Sou professor de escola mas em 90% do meu tempo dou aulas particulares para profissionais extremamente capazes em suas áreas como Médicos, Engenheiros, Advogados e Professores e vejo toda hora estes alunos resolvendo casos cabeludos, dificílimos em suas áreas, e perderem o sono com assuntos básicos de língua estrangeira como verbo to be e auxiliares, exatamente o que você está vendo agora.
Estes assuntos exigem muita lógica (a mesma do aprendizado de matemática e física) e um conhecimento sólido de gramática da língua portuguesa ajuda muito também.
Meu conselho, resumindo isto tudo é: esforce-se, estude, tenha várias fontes, leve o aprendizado de Inglês muito a sério mas, se você perceber que está impossível, num caso detalhado muito parecido com o que eu te falei que eu passei pela faculdade, não se sinta derrotada e pare. Não podemos sucumbir aos primeiros obstáculos, temos de ser fortes e perseverantes, mas, ao mesmo tempo, temos de ter humildade e sabedoria para reconhecer determinadas falhas e insistir além da conta pode significar frustração, estresse e até brigas em família e no trabalho.
O assunto que você está com dificuldade (quando usar o verbo to be ou um dos auxiliares) é apenas o primeiro obstáculo de centenas que vêm por aí. Muitos deles não têm explicação quanto ao seu uso e outros tantos têm uma explicação bem complexa, cheia de exceções.
Lembre-se: quero e vou te ajudar sempre que precisar mas me achei no dever de escrever isso tudo para te alertar, para te dar uma visão mais ampla da realidade e te mostrar uma opção ao lidar com o problema, se ele piorar muito.
Bom, espero que você tenha chegado até aqui e, principalmente, não tenha ficado com raiva do que escrevi.
E, como fonte de muitos exercícios que você pediu, dê uma olhada no website www.agendaweb.org . Ele é completíssimo em todas as habilidades de Inglês e te fornece mais de 100 mil exercícios para fixação e prática.
Caramba, como escrevi !
Boa tarde e bom sábado procê.
Pequenas desgraças do dia a dia - 3:
Há 13 anos