Bom dia pessoal. No dia 9 de novembro postei aqui uma mensagem na qual falava de um aluno meu de nível intermediário que foi passar quatro semanas estudando na Inglaterra. Pois ele voltou domingo e tivemos ontem nossa primeira aula depois da viagem.
Que diferença ! Que mudança ! Melhorou muito ! Mas muito mesmo ! Era um aluno bom de leitura e listening (habilidades passivas) mas muito fraquinho de fala e redação (ativas) e me deixou impressionado.
Ao final da aula aproveitei para passar-lhe um recado muito importante que quero transmitir aqui também.
Como já falei aqui algumas vezes, meus alunos são todos pessoas que estudam em faculdades e/ou trabalham e fazem estágio. Todos têm namoradas(os) ou esposas(os) e diversas preocupações diárias, portanto, muito pouco tempo para estudar. Na maioria dos casos não conseguem fazer deveres, redações e pesquisas por falta de tempo. Entendo o problema mas sempre digo a eles para tentar o máximo possível.
Pois bem. Já tive alguns alunos que tiveram a possibilidade de viajar para o exterior e sei que conseguir isso é muito difícil pois é muito caro (eu mesmo não consigo viajar há 4 anos e meio e espero conseguir de novo em janeiro de 2011)e, quando voltam das viagens, estão, certamente, muito melhores nas habilidades de língua inglesa comparando com o que eu via antes.
O problema às vezes está no período de 2 a 6 meses depois da volta da viagem. Este período é crucial e decisivo para a vida da pessoa.
Explico: O "pulo do gato" para aprender Inglês é pensar as frases em Inglês, sem passar pelo Português e este é normalmente o último obstáculo a ser superado para conseguir se comunicar bem (reparem que estou mencionando "bem" e não "perfeitamente", pois vou mencionar este assunto já já).
Pois este aluno, como todos os outros, conseguiu. Está falando em Inglês com muito mais desenvoltura sem pensar nas frases em Português. Ainda comete vários erros, uns mais graves e outros menos, mas passa sua mensagem, consegue se fazer entender perfeitamente.
E o período de 2 a 6 meses que eu falei 2 parágrafos acima reflete como vai ser o futuro da pessoa quanto às habilidades de Inglês. Pela experiência de ter tido contato com dezenas de pessoas assim pude perceber que, se ela continuar com as aulas ou, de alguma forma, continuar estudando, praticando, ouvindo e falando diariamente (ou, vá lá, 2 a 3 vezes na semana), ela mantem a fluência e vai melhorando o vocabulário cada vez mais, até chegar a um nível, se não perfeito, pois isso nem eu tenho, que lhe permita falar e escrever sem erros básicos, que lhe permita fazer uma apresentação em Inglês no trabalho e ser elogiado pelo chefe, americano ou inglês.
Ao contrário, se a pessoa volta e marca 2 aulas por semana (8 aulas por mês) e falta a 50% delas e continua sem estudar, sem escrever e sem ouvir nada fora das aulas, vai por água abaixo todo aquele investimento e tempo da viagem.
Imaginem a comparação: você é um pai ou mãe, tem seu cônjuge e dois filhos, ambos são de classe média-média, tem um carrinho 2007 na garagem e seus dois filhos estudam em boas escolas. Uma renda familiar de cerca de 3000 reais é suficiente para a família se manter (sem regalias mas sem a "corda no pescoço"). Você ganha um prêmio de, digamos, 1 milhão de reais na mega sena e usa metade no que precisa e acha necessário.
Sobram 500.000 reais que, se aplicados na caderneta de poupança com juros de 0,5 a 0,6% ao mês, vão render de 2500 a 3000 reais.
Você então, conseguiu um alívio mensal mais ou menos equivalente à renda da família. Se a família parar de trabalhar, vai viver com os rendimentos mais ou menos nas mesmas condições, mas, a cada saque extraordinário na conta, menos dinheiro fica e menos segurança, um número menor de vantagens e possibilidades.
Com o aprendizado do Inglês é exatamente a mesma coisa. Viajando ou não, se relaxar, vai estagnar e tende a piorar logo logo.
Bom, o tópico ficou um pouco maior do que eu queria, me empolguei um pouco escrevendo e espero que você tenha chegado até aqui lendo tudo isso.
Bom dia e bom trabalho (ou estudo) a todos hoje.
Pequenas desgraças do dia a dia - 3:
Há 13 anos
Nenhum comentário:
Postar um comentário